Vai comprar carro usado? Veja 8 dicas para não perder dinheiro

Pensando em comprar um carro usado? Com tantas opções por aí, é fácil se enrolar. Mas com boas dicas para comprar carros usados, você evita ciladas e aumenta as chances de fazer um negócio realmente vantajoso. Confira nossas orientações antes de fechar negócio!

O mercado de usados segue em alta

O mercado de veículos usados cresceu cerca de 10% em 2024, com mais de 15,8 milhões de unidades vendidas — o melhor desempenho desde 2011. Os carros usados continuam superando os novos em volume de vendas, o que mostra como essa opção tem ganhado espaço entre os consumidores brasileiros.

Mas para aproveitar esse cenário de forma segura, é essencial seguir alguns cuidados.

1. Compare as taxas de financiamento

Antes de fechar um financiamento, vale a pena comparar as condições oferecidas por diferentes instituições financeiras. As taxas de juros variam bastante e podem influenciar diretamente o custo final do carro. Fazer simulações, conhecer seu score de crédito e ficar de olho em tarifas extras — como TAC e seguros embutidos — pode gerar uma boa economia.

Por exemplo: financiar R$ 40.000 por 48 meses a 2% ao mês pode custar mais de R$ 60.000 no total. Com uma taxa de 1,3%, você economiza mais de R$ 7.000.

Para te ajudar nessa etapa, confira algumas plataformas úteis:

Banco Central (SCR) – Permite consultar as taxas médias praticadas pelos bancos, ajudando a ter uma referência antes de negociar.

Mobiauto – Simula financiamentos com diferentes prazos e instituições, além de listar carros usados.

iCarros – Oferece simulador com base no valor do veículo, entrada e número de parcelas.

Webmotors – Simulador de crédito com ofertas de vários bancos e análise de crédito online.

Serasa eCred – Compara opções de crédito com base no seu CPF e score.

Banco PAN / BV Financeira – Sites oficiais com simuladores específicos para veículos usados.

Essas ferramentas ajudam você a tomar decisões mais conscientes e evitar juros abusivos.

2. Venda bem seu carro atual (se tiver)

Se for usar seu carro como entrada, saiba precificar bem. Consulte a Tabela Fipe e compare com anúncios semelhantes na OLX, Webmotors e iCarros.

Na hora de vender, capriche nas fotos: boa iluminação, ângulos variados e destaque para lataria, pneus e interior.

Descreva com honestidade: quilometragem, revisões, número de donos e motivo da venda.

Dica: lave o carro e faça um polimento simples — pequenos cuidados podem valorizar bem o veículo.

3. Defina um orçamento realista

Evite agir por impulso. Antes de tomar qualquer decisão, avalie sua real capacidade de pagamento. Pergunte-se: quanto posso pagar por mês sem comprometer meu orçamento? Considere também custos adicionais como IPVA, seguro, manutenção preventiva e consumo de combustível.

Uma boa prática é montar uma planilha com todos os gastos previstos e simular diferentes cenários. Por exemplo, um carro mais barato, mas com consumo elevado ou manutenção cara, pode sair mais caro no médio prazo que um modelo um pouco mais caro e mais econômico.

Outro ponto importante: verifique se o carro que você quer comprar exige seguro total. Alguns modelos têm o valor de seguro mais elevado, o que pode impactar no custo mensal.

4. Desconfie de ofertas boas demais

Você viu um carro 30% abaixo do valor médio da Tabela Fipe? Desconfie. Pode se tratar de um golpe, veículo de leilão com problemas estruturais, sinistro não declarado ou até mesmo clonado. Sempre desconfie de preços muito fora do padrão de mercado.

Pesquise a reputação da loja ou vendedor. Use ferramentas como:

Reclame Aqui: veja se há muitas reclamações e se foram resolvidas.

Redes sociais: comentários negativos em posts antigos podem revelar problemas.

Google Reviews e comentários em fóruns: boas fontes de feedback de outros compradores.

Em caso de compra entre particulares, peça o documento original do veículo, verifique se o nome do proprietário bate com o do anunciante e se o carro está livre de dívidas ou bloqueios.

5. Faça test drive e avalie a ficha técnica

Nunca compre um carro sem dirigir antes. No test drive, prefira percursos variados: ruas esburacadas, subidas, trechos com curvas e retas. Preste atenção em:

Ruídos internos e externos

Resposta da direção

Desempenho do freio

Conforto ao dirigir

Além disso, pesquise a ficha técnica do modelo desejado. Informações como consumo médio, potência, espaço interno, valor do seguro e índice de manutenção são fundamentais. Sites como iCarros, Quatro Rodas e Autoo trazem comparativos e testes reais que ajudam na decisão.

Modelos com peças difíceis de encontrar ou muito caras podem virar dor de cabeça no futuro. Evite ciladas.

6. Consulte o histórico do veículo

Antes de fechar a compra, consulte o histórico do carro. Isso inclui:

Multas e débitos pendentes

Registro de sinistros

Participação em leilão

Veículo clonado ou roubado

Para isso, você pode usar ferramentas como:

DETRAN do seu estado (consulta básica gratuita)

Checkauto ou Olho no Carro (consultas pagas, mais completas)

Vistoria cautelar: feita por empresas especializadas, verifica a integridade estrutural, chassi, motor e sinais de adulteracão

Essa etapa é essencial para evitar problemas legais e financeiros após a compra.

7. Considere modelos com bom custo-benefício

Nem sempre o carro dos sonhos é o melhor para o seu bolso. Algumas opções são conhecidas por serem econômicas, duráveis e fáceis de revender, como:

Honda Fit: baixo consumo, boa dirigibilidade e valor de revenda alto

Toyota Corolla: mecânica robusta, preço estável, seguro razoável

Volkswagen Gol: peças fáceis e baratas, bom para o dia a dia

Chevrolet Onix: boa revenda e fácil manutenção

Consulte rankings de valorização como os do KBB Brasil e iCarros para entender quais modelos mantêm melhor o preço com o tempo.

8. Negocie com inteligência

Na hora da negociação, use tudo o que você aprendeu: estado do carro, histórico, preço da Tabela Fipe, concorrência e custos futuros. Apresente argumentos bem fundamentados.

Se o carro tiver algum defeito estético ou mecânico, como pneus gastos ou riscos na pintura, use isso para negociar um desconto. Mesmo que seja um valor simbólico, já ajuda a equilibrar o orçamento.

E lembre-se: você não precisa fechar a compra no primeiro dia. Tire suas dúvidas, compare com outras opções e, se possível, leve um mecânico de confiança para avaliar o carro antes de fechar o negócio.

Com planejamento e informação, é totalmente possível fazer uma compra segura e vantajosa.

Conclusão

Comprar um carro usado não precisa ser um bicho de sete cabeças. Com um pouco de pesquisa e as dicas para comprar carros usados que você viu aqui, fica muito mais fácil fugir das ciladas e fazer um bom negócio. Agora é com você: vá em busca do seu carro ideal com confiança!